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Coronavírus, Dívida Pública e Economia de Recessão

A nova pandemia se instala em um momento infortúnio. Citando o brilhante linguista-filósofo Chomsky, enfrentaremos "uma recaída de possíveis autoritarismos de caráter diverso", como novas políticas econômicas de recessão. Este é o momento de nos unirmos e pressionarmos o governo a exigir contrapartida dos bancos, e deixar de lado banalidades corriqueiras nesse temerário momento. Texto de Diana Brasilis.



"À medida que a pandemia do Covid-19 revira a ordem política e econômica global, dois futuros muito diferentes parecem possíveis. Em um extremo do espectro, enfrentamos a ameaça de uma recaída no autoritarismo. No outro extremo, temos a possibilidade de aprender com esse desastre (outra colossal falha de mercado aprimorada por um ataque neoliberal e agora pela bola de demolição de Trump): a crise atual oferece um poderoso argumento em favor da assistência universal à saúde e de reavaliarmos os problemas mais profundos de nossas sociedades." ~ Palavras de Noam Chomsky para uma entrevista recente.


Eu já venho falando que a pandemia do COVID-19, infelizmente, instalada nesse momento infortúnio, onde muitos de nós, jovens educadores, começávamos mais uma etapa crucial de nossas vidas: alguns como professores, outros dando continuidade na carreira como pesquisadores em mestrado/doutorado, acabam-se por paralisar por tempo indeterminado. Nosso futuro, nossas carreiras. Encaixo-me nas duas funções [professora por formação e fazendo carreira como pesquisadora], cujo dever político é trazer à vida social as travestis e mulheres transexuais que são excluídas de forma banal pelo mercado formal de trabalho, fazendo com que a prostituição seja a única forma de subsistência nesse Estado.


Mas falando da ordem político-econômica a nível global, nós enfrentaremos, como bem pontua o nosso lingüista-filósofo e analista político, Chomsky, uma recaída de possíveis autoritarimos de caráter diverso, do ultranacionalismo à extrema-direita, a políticas econômicas de recessão. Aqui no Brasil os bancos já bradaram ao Banco Central (BC) seus pedidos de ajuda emergencial e por isso receberam nada menos que R$1,2 TRILHÃO, ou seja, um rombo aos cofres públicos.


Esses mesmos bancos aumentaram os juros e cortaram as linhas de crédito, como Maria Lucia Fattorelli, ex-auditora fiscal da Receital Federal (atual coordenadora nacional na Auditoria Cidadã da Dívida), já vem alertando; ela é autora dos livros Auditoria da dívida externa: questão de soberania e A dívida pública em debate: saiba o que ela tem a ver com a sua vida. Enquanto isso a população brasileira e empresas têm que lidar com uma incerteza generalizada e falta de apoio das instituições e governo. Tudo isso pode acarretar em um colapso na economia e um número absurdamente alto de miseráveis e mortos.


O povo brasileiro tem de fazer seu papel e pressionar o GOVERNO FEDERAL a exigir uma contrapartida dos bancos, com empréstimos a juros zero e novas linhas de crédito para a população e empresas. Mas a preocupação generalizada, inclusive por parte da esquerda (ou melhor, “ex-querda”), são as intrigas do BBB baseadas em racismo, machismo e feminismo; trazendo as discussões mais idiotas possíveis sobre as posições inúteis do presidente – todos nós estamos de braços cruzados sobre a tela de um celular ou computador gesticulando inutilidades; se for pra balbuciar nossas insatisfações com o que já tem sido pronunciado pelo presidente, devemos ancorar em nossos discursos uma pressão para que o Governo Federal tome as medidas necessárias contra as restrições desses bancos. Os movimentos sociais, sindicatos, partidos e políticos, e demais organizações e associações, têm esse dever presencial para fazer frente à causa. Já sabemos o que esse rombo e restrições causarão à economia; Recessão! E já foi anunciada a falência da Ciência e Pesquisa Nacional por falta de verba (cortaram as bolsas); óbvio que tudo isso já vem sendo planejado pelos donos do mundo.


A Auditoria Cidadã da Dívida exige o cumprimento da Constituição Federal (Art. 26 do ADCT) e investiga os mecanismos responsáveis pela geração da dívida pública sem contrapartida em investimentos de interesse da nação, onde se manifesta publicamente por meio de CARTA ABERTA, visando que estes recursos sejam garantidos urgentemente para investimentos efetivos da saúde, assistência social, educação e demais áreas sociais. Pontuo de suma importância, também, à produção de Pesquisa e Ciência Brasileira; esses recursos deverão socorrer a calamidade provocada pelo Coronavírus. A Auditoria Cidadã da Dívida conclui que a dívida pública tem consumido cerca de R$1 TRILHÃO anualmente do orçamento federal como mostra o gráfico:



Sendo assim, é evidente que o Governo Federal deve decretar uma completa auditoria da dívida pública, suspendendo imediatamente o pagamento dos juros e encargos, liberando os recursos para os investimentos essenciais à nação como já mencionado.


Ia falar sobre a Internacionalização das correntes reacionárias e suas contracorrentes, mas isso fica para outra parte. Os preguiçosos odeiam ler.

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