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Bem-Vindos(as) ao Covid19: fabulações científico-políticas em tempos de pandemia e seus demônios

O LaHibrid (Laboratório de hibridação científico-política em saúde pública) é o espaço de articulação de pesquisas do Departamento Saúde, Ciclos de Vida e Sociedade da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. http://www.lahibrid.fsp.usp.br

 

Esse laboratório se propõe a favorecer processos de (re)articulação das naturezas sociais, técnicas e políticas do labor científico na Saúde Pública. Sua dinâmica e sua estrutura física devem ser capazes de acolher tal disposição híbrida, coletiva e aberta de pesquisa.

 

A noção de hibridação aqui usada é apreendida dos Estudos Sociais da Ciência e da Técnica (STS -particularmente de Bruno Latour) e dos Estudos Feministas da Ciência e da Técnica (por exemplo Donna Haraway e Isabelle Stengers), devedores das crises e transformações científicas do século XX, dos feminismos da terceira onda, dos movimentos antirracistas e, em diálogo gradual, com perspectivas pós e descoloniais.

 

Esses loci científico-políticos têm favorecido a aproximação mais simétrica entre os mundos/pontos-de-vista das ciências naturais e das ciências sociais. Hibridação é uma noção que opera em oposição à purificação: a ideia e a prática, fundamentais na ciência moderna (e na Modernidade), de traçar divisões ontológicas entre entidades como a Natureza e a Sociedade, a Ciência e a Política, os Homens e as Mulheres, os Humanos e os Não-Humanos, entre outras. Nesse processo os híbridos –monstros, saberes não classificados, cyborgs, seres mestizos, biohackers, ‘dimensões’ política da ciência ou científica do social, por exemplo- foram tornados impensáveis, marginais à descrição do Moderno. Os processos de hibridação, portanto, dizem respeito à relocalização do campo de conhecimento/ação nas linhas, fluxos e áreas relacionais entre entidades purificadas (e não puras).

Por outro lado, essa noção tem reverberações fortes nos campos da biologia, da química, das artes (gêneros híbridos, por exemplo) e dos estudos de gênero e sexualidades, e ganha relevância quando pensamos na Saúde Pública/Coletiva como um campo híbrido, ou como um campo capaz de favorecer a hibridação de problemas e conhecimentos em saúde. Antes que inter ou transdisciplinar, a hibridação como marca de um campo de conhecimento implica em um processo que reconhece a arbitrariedade histórica das fronteiras (não apenas disciplinares, mas entre domínios: político e científico, natural e social), e favorece o pensamento a partir de processos, conexões e indeterminações que vão para além do campo científico/acadêmico.

 

Partindo destas premissas de existência, e em conjunto com o CPaS-1 (Coletivx de Pesquisa em Antropologia e Saúde), decidimos abrir esse espaço urgente de compartilhamento de saberes sobre, experiências com e respostas ao mais novo superagente do nosso Planeta: o SARS-COV2 e seu devir simbióticossocial, a pandemia Covid19.

 

Para enviar contribuições:

 

email: rodnei.junior.b@usp.br

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